A Câmara dos Deputados e a Luta de Classes no Brasil
ESPALHA --->
Sempre existiu o “nós contra eles” – O hip hop como voz de resistência frente ao conservadorismo parlamentar
O recente levantamento da pesquisa Genial/Quaest revela um panorama alarmante da Câmara dos Deputados, onde 45% dos parlamentares se identificam como de direita, demonstrando uma clara resistência a pautas que visam atender as necessidades dos trabalhadores. A rejeição ao fim da jornada 6×1 e à taxação dos super-ricos são exemplos de como a elite política se alinha com os interesses da elite econômica, ignorando a voz da maioria da população. Essa situação não é apenas uma estatística; é um reflexo da luta de classes que permeia a sociedade brasileira, onde os pobres e a classe trabalhadora continuam a ser sacrificados em prol dos privilégios de poucos.
A polarização política, que muitos tentam minimizar, é uma realidade inegável. O governo de Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta um parlamento hostil que, em sua maioria, se opõe a medidas de justiça social. A pesquisa aponta que 86% dos deputados de direita avaliam negativamente o governo, enquanto apenas 16% dos deputados de esquerda fazem o mesmo. Essa divisão ideológica não é apenas um número; é um grito de revolta que ecoa nas ruas e nas letras do hip hop, onde artistas e ativistas levantam a bandeira da resistência e da luta por direitos.
O hip hop, como movimento cultural e político, tem uma conexão intrínseca com as lutas sociais. As vozes que emergem desse gênero musical são muitas vezes as vozes dos marginalizados, que denunciam as injustiças e clamam por mudança. Em um país onde a maioria dos deputados rejeita propostas que beneficiariam a classe trabalhadora, a música e a arte se tornam ferramentas essenciais de resistência. A letra de um rap pode expressar o que muitos sentem: a frustração com um sistema que privilegia a elite e marginaliza os pobres.
As declarações de figuras como Jandira Feghali e Daniel Almeida, que criticam a blindagem dos interesses dos ricos, são um chamado à ação. A luta pela justiça tributária e pela dignidade do povo é uma pauta que deve ser abraçada por todos, especialmente aqueles que se identificam com o hip hop e suas raízes de resistência. O movimento deve se unir para exigir que os super-ricos contribuam mais, enquanto a população carente recebe o suporte necessário para viver com dignidade.
É crucial que a comunidade hip hop se mantenha vigilante e ativa, utilizando sua plataforma para amplificar as vozes dos oprimidos e pressionar por mudanças reais. O cenário atual da Câmara dos Deputados é um lembrete de que a luta não é apenas política, mas uma questão de sobrevivência e dignidade para milhões de brasileiros. O hip hop deve continuar a ser uma ferramenta de luta, unindo as vozes de todos aqueles que se opõem ao conservadorismo e buscam um futuro mais justo e igualitário.
Com informações de: Vermelho (https://vermelho.org.br/)




Interaja conosco, deixe seu comentário, crítica ou opinião