Foto: Eduardo da Mata
A cena Rap brasileira continua apresentando variantes e mutações vindas de diferentes partes do país. Do som mais cru e sujo à construção mais leve e requintada, artistas mostram suas aflições, dores e alegrias. Celebram a prosperidade em certos períodos, mas também carregam a veia política que é espelho de uma América Latina desigual.
Para entender o atual momento, muitas vezes temos que lembrar que o Bocada Forte tem quase vinte cinco anos. Muitos dos integrantes do site conheceram e se envolveram com o Hip Hop em uma outra época socioeconômica e cultural, onde o Rap lutava por reconhecimento.
Neste contexto de mudanças, é importante entrevistar ativistas, rappers, DJs e produtores, entre outros participantes do Hip Hop, para entender melhor o que está sendo desenvolvido no Rap dos dias de hoje, do ponto de vista de outros atores da cena.
No início do mês de abril, conversamos com Victor Xamã, rapper amazonense que lançou “Garcia”, seu terceiro disco. O artista falou sobre seu novo trabalho e refletiu sobre os momentos de incerteza, quando estava elaborando o disco em meio ao caos da pandemia do coronavírus na cidade de São Paulo. Sem agenda de shows, vindo de outro estado, o rapper entrou num loop de questionamentos que foi quebrado pelas respostas sonoras e parcerias com artistas que deram vida ao álbum “Garcia”.
“Garcia” tem Duda Raupp na produção e participações de Makalister, Karen Francis, Luedji Luna, VND e Big Bllakk, Matheus Coringa, Gigante No MIC, entre outros.
Com um trabalho que vai além das fronteiras do Rap, Victor Xamã poderia ter um discurso mais pop, que o afasta das raízes da Cultura Hip Hop, entretanto, o rapper insiste em lembrar de suas origens e até cita o Rap como forma de vencer problemas pessoais, além de recordar das batalhas de rima em que duelou na adolescência.
“Estudei e arrisquei muitas coisas”, comenta o artista ao abordar sua forma de cantar e de produzir de seu terceiro álbum.
OUÇA A ENTREVISTA
[…] a abertura foi igual, com a exibição do doc. e o primeiro show da noite foi a MC Luanna, depois Victor Xamã, que foi colocado na programação depois da exclusão do Síntese com Marechal e ele fez com que […]
[…] Cabes part. Galf AC, Relvi e Traumatopia – “Apurando” prod. Jumar Paralelo Victor Xamã part. Karen Francis – “Pelas ruas da cidade” Kamau – “Ourives” […]