Entrevista | Juyè: A primeira rapper brasileira na COLORS Studio

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Foto: Divulgação

Com o single “Cara Certo” lançado nesta semana e o primeiro álbum prestes a ser lançado, Juyè também se prepara para gravações na europa.

No auge do seu sucesso, Juyè deve ser a primeira rapper brasileira a gravar um episódio no COLORS Studio, em Berlim, Alemanha, e já se prepara para uma série de gravações na Europa.

A rapper também lançou nesta terça-feira (3), o novo single “Cara Certo”, na plataforma do Spotify, para preparar os corações ansiosos pelo lançamento do seu primeiro álbum que deve ser lançado até agosto, ainda sem um nome definido.

Nascida e criada na aldeia de parakaña no Pará, se mudou para o Rio de Janeiro aos 10 anos, onde iniciou os estudos de canto e piano do Conservatório de Música do Rio de Janeiro. Hoje, aos 22, Juyè já se consolida no espaço do rap nacional, com a sua identidade musical, misturando rimas com influências do R&B.

A resposta que todos querem saber, afinal, quando o álbum vai ser lançado? O que pode ser antecipado aos fãs sobre o prometido álbum gravado na Europa?

Bom, estamos planejando fazer esse lançamento até agosto. Precisamos finalizar algumas questões relacionadas as participações, mas assim que tudo for concluído vocês serão devidamente avisados. Enquanto isso, lançamos o single “Cara Certo” por exemplo, que está nas mídias de áudio (Deezer, Spotify, Soundcloud, etc.), e uma música que gravei com o Klyn e produzida pelo LR beats  deve sair em julho também. Durante esse hiato de produção muitas faixas foram iniciadas e estão sendo finalizadas agora, então tem muita novidade chegando por aí.

Os trabalhos na Europa estão em fase de planejamento e consolidação, já que com a gravidez a viagem se torna um pouco mais arriscada, então vou esperar esse momento passar para realizar os trabalhos lá fora.

‘Cara Certo’ de fato fala sobre a sua superação? Pode nos contar um pouco?

Hahahahaha então, complicada essa pergunta né. Mas sim, ela realmente fala de uma superação real minha. Eu tive uma ex que me traiu com um homem e eu amava muito ela (e a amo até hoje), tivemos um relacionamento muito longo e quando aconteceu, eu a perdoei, hoje em dia só guardo o amor do que tivemos. Eu senti a necessidade de fazer essa música, tanto quanto para que fosse minha superação, tanto para que ela pudesse se abrir para essa nova fase que estava vivendo.

Você e BK são grandes amigos, e inclusive já gravaram juntos. Como surgiu essa amizade e influência para cantar no rap também?

O BK me chamou um dia para gravar com ele e eu nem acreditei, pensava que fosse uma brincadeira de alguém, eu fiquei muito nervosa… Aí gravamos juntos e eu tenho uma admiração gigantesca por ele, ele sabe que eu fico até nervosa quando estamos no estúdio ensaiando hahahaha fico muito feliz de poder gravar com uma artista que sempre foi uma grande inspiração na cena para mim.

A convite do BK, vocês fizeram um show recentemente com Mano Brown e do Criolo. Como é pra você, sendo uma mulher indígena, estar no palco com grandes nomes do rap nacional?

Acredito que eu, como qualquer pessoa, não tenho palavras pra descrever um convite como esse.  Afinal, poder cantar com um ídolo, na abertura de um show de lendas do rap nacional, é algo tão fantástico que eu realmente não tenho palavras para descrever.

Foto: @luizabrilhanteg/Instagram/Juyè

O que levou a sua família a sair da aldeia para morar no Rio? Você acha que a sua carreira seria diferente se não tivesse se mudado?

Eu morava com o meu pai na aldeia e fui morar com minha mãe no Rio. Provavelmente seria diferente porque eu não teria as influências junto com as rodas de samba do Rio e todo esse outro lado musical que eu acabei me envolvendo tanto na cena quanto na musicalidade.

Quais artistas você se inspira para realizar o seu trabalho?

Existem vários artistas tanto nacionais quanto internacionais. Nacionais tem a Drik Barbosa, BK, Marechal, Criolo, tem muita gente que me inspira. Muita gente do samba, minha madrinha Sandra de Sá. Do lado de fora a Mahalia, Little Simz. Eu acho que a minha musicalidade é uma influência de muitos fatores e muitas pessoas envolvidas, muitas culturas. É um caldeirão efervescente.

Uma baita inspiração ter a Sandra de Sá como madrinha! Como se deu essa relação entre vocês? Você pretende fazer um trabalho voltado ao samba?

Por causa das rodas de samba, acabou rolando uma aproximação e me tornando afilhada da Sandra. Não descarto um trabalho de samba, mas não é o foco do momento.

Para além do álbum, quais os planos para o futuro?

Eu fui convidada para gravar um episódio do COLORS, na Europa, em Berlim, temos uma faixa escolhida que vai ser inédita. Gravar alguns sons lá fora, continuar lançando os singles, e fazendo uma aparição diferentes na cena em termo musical.

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