A Coleção Som Nativo, iniciativa do Instituto Alok em colaboração com artistas de diversas etnias brasileiras, apresenta sete álbuns inéditos que elevam as vozes indígenas a um espaço de destaque no cenário musical. Lançada em celebração ao Dia Internacional dos Povos Indígenas, a coleção não apenas resgata a tradição musical, mas transforma-a em um meio de resistência cultural e preservação das línguas ameaçadas de extinção. Com canções que ecoam a espiritualidade, a conexão com a natureza e a luta por direitos, cada álbum se torna um território sonoro que reforça a identidade e a força dos povos originários.

Os álbuns da Coleção Som Nativo incluem trabalhos de grupos como Guarani Kaiowá, Huni Kuin e Brô MC’s, os quais trazem uma mistura de elementos tradicionais e contemporâneos. A música, para esses povos, é mais que uma forma de arte; é um meio de transmitir saberes e fortalecer a memória coletiva. O projeto também se insere em um contexto político mais amplo, alinhando-se à Década Internacional das Línguas Indígenas (2022-2032), que visa frear o apagamento linguístico e promover a visibilidade das culturas originárias.

Além de promover a música indígena, a Coleção Som Nativo desafia a desigualdade na indústria fonográfica ao garantir que a monetização das faixas reverta integralmente para os artistas. Esse ato de autonomia é fundamental para que as vozes indígenas sejam ouvidas não apenas em suas comunidades, mas também em plataformas digitais globais, ampliando o alcance de suas narrativas e fortalecendo a luta por reconhecimento e respeito. Ao escutar essas canções, o público é convidado a se conectar com a rica diversidade cultural que compõe o Brasil, reconhecendo a música indígena como um legado vivo e pulsante para o futuro.

Fonte: Rádio Yandê. Saiba mais