#LGBT
Neste 17 de maio de 2019, é celebrado o Dia Mundial e Nacional de combate à LGBTfobia. Em 1990, a Assembleia Geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou oficialmente que “a homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio”, eliminando assim a homossexualidade da Classificação Internacional de Doenças.
A partir daí, o dia 17 de maio tornou-se uma data simbólica e histórica para o Movimento LGBT ao redor do mundo. Uma data não apenas para ser celebrada, mas também para refletir e fortalecer a luta contra o preconceito – uma luta que em nosso país está sendo árdua, já que o Brasil é considerado um dos países que mais discrimina e mata pessoas LGBTs no mundo.
Dados divulgados pelo Grupo Gay da Bahia (GGB) e pela Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros e Intersexuais (ILGA) atentam para números preocupantes:
– A cada 19 horas uma pessoa LGBT é morta no país.
– O Brasil ocupa o primeiro lugar nas Américas em quantidade de homicídios de pessoas LGBT.
O papel do Hip-Hop
É uma violência que cada um nós, em algum momento, presencia nas ruas, por meio de insultos, piadas, agressão física e discriminação nos locais de estudo, de trabalho, de lazer e até mesmo nas famílias. A luta pelos direitos LGBT é uma luta de todos!
Nós do Bocada Forte acreditamos que uma cultura que nasceu no seio das comunidades negras e latinas oprimidas pelo preconceito não pode compactuar com a LGBTfobia.
Segundo dados oficiais divulgados no site do Senado Federal, “o Brasil registrou 445 casos de assassinatos de homossexuais em 2017, segundo o levantamento do Grupo Gay da Bahia. De acordo com a ONG Transgender Europe, entre 2008 e junho de 2016, 868 travestis e transexuais perderam a vida de forma violenta.”
Sabemos que a Cultura Hip-Hop é fruto da ação humana, que é desenvolvida num ambiente social carregado de falhas e reproduções de discriminações centenárias, mas este fato não pode impedir a discussão sobre o combate ao preconceito dentro da cultura de rua e o sobre o seu papel no combate à LGBTfobia.
Pouca coisa mudou… Vamos mudar?
#MemóriaBF
O Bocada Forte foi o primeiro site de hip-hop brasileiro a abordar o tema do preconceito contra homossexuais no rap*
*Matéria publicada originalmente em 18/05/2009
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