Rael: ‘No exterior, as pessoas não têm nenhuma empatia com o atual governo’

Para artista paulista, Brasil vive apenas um momento conturbado, com a eleição de Bolsonaro, mas criará consciência e alcançará melhores horizontes

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Redação RBA, São Paulo, 22/09/2019, 10:26 | Foto: João Wainer

O rapper e compositor Rael foi um dos convidados do programa Hora do Rango, desta semana, na Rádio Brasil Atual. Além de tratar de música, o cantor, compositor e rapper falou sobre o momento político do país. Com passagens por palcos internacionais e troca de ideias com artistas do mundo todo, ele conta que a imagem do governo Bolsonaro não é tão boa no exterior.

“A gente está navegando no incerto. No exterior, as pessoas não têm nenhuma empatia com essa gestão e se continuar vai piorar em muitas questões mercadológicas. Depois do incêndio na Amazônia, o boicote vai aumentar e a repercussão ficará mais feia”, afirmou ele, na última segunda-feira (16).

Ele conta que os camarins e a convivência com os amigos têm sido a válvula de escape para enfrentar a onda negativa que envolve o país. “Está todo mundo meio abalado, mas nos shows é onde conseguimos nos confortar, como se fosse um lugar mais lúcido. Parece que você não está sozinho, porque na internet vem muita gente para te atacar”, disse.

Em 2016, Rael esteve presente na Ocupação Música Pela Democracia, no Largo da Batata, zona oeste paulistana, que protestava contra o impeachment de Dilma Rousseff. Já neste ano, o rapper participou do Festival Lula Livre, na Praça da República, no centro de São Paulo, no mês de julho.

Para ele, o momento atual é conturbado, mas é necessário para o país conseguir alcançar a paz. “Eu acredito que, do mesmo modo que fiquei mal de saúde para encontrar a leveza das músicas, o país também passará por isso. É só vivendo na pele que todo mundo toma consciência. A nova geração é mais resolvida em muitas questões do que a minha, seja no assunto racial ou da sexualidade. Isso também envolve a política”, acrescentou.

Rael deve lançar em breve seu quarto álbum de estúdio, “Capim-Cidreira“. De acordo com ele, o novo trabalho, assim como a erva medicinal, tem o poder de cura por meio de uma sensação agradável materializada em 10 faixas. O disco partiu da experiência pessoal do artista paulista, que transformou o período depressivo em um repertório leve, dançante e de boas energias.

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