No segundo semestre de 2023, serão celebrados os 50 anos da Cultura Hip Hop, comemoração que tem como marco inicial o dia 11 de agosto de 1973. Nessa data, DJ Kool Herc fez uma festa de volta às aulas a pedido e organizada pela sua irmã Cindy Campbell, na Avenida Sedgwick, 1520, no bairro do Bronx, em Nova York. O termo Hip Hop ainda não era usado para nomear a união dos 4 elementos (Breaking, DJ, Graffiti e MC), mas pelo menos três deles estavam presentes e sendo praticados nesse dia. Até pode-se dizer que os 4 foram praticados. Eu duvido que não tinha um ou mais “writers” fazendo tags e desenhos nas paredes, mesmo que com canetões.
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Essa data tem sido o motivo de muitas movimentações em todo mundo e no Hip Hop Brasileiro não é diferente. Em uma articulação inédita, representantes de todos os elementos da Cultura Hip Hop, em todo Brasil, começaram, em fevereiro, uma construção coletiva que já elaborou e protocolou, junto ao ministério da cultura, um Decreto Federal que está sendo analisado. O documento pode ou não sofrer alterações até que seja assinado pelo Presidente Lula.
Como citado anteriormente, trata-se de uma construção coletiva, portanto, caso você esteja lendo e ainda não tenha conhecimento, deixaremos aqui algumas formas de participar. Reafirmamos, essa obra é coletiva. Todas, todos e todes podem colaborar, na teoria ou na prática, com sugestões ou colocando a “mão na massa”.
Existe um grupo de trabalho nacional e, a partir dessa iniciativa, foram criados grupos estaduais, assim como grupos de Breaking, DJ, Graffiti, MC e Conhecimento. A organização é tamanha que a Construção Nacional tem formado outras frentes para que tudo saia como planejado. Por exemplo, existem pessoas cuidando da comunicação, mídias sociais, área jurídica, projetos para captação de recursos, criação de um site, entre outras.
Os planos são grandes e incluem, além do Decreto, a aprovação de um Projeto de Lei e o reconhecimento da Cultura Hip Hop como Patrimônio Imaterial Nacional junto ao IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Inclusive, abaixo você pode conferir a reunião que aconteceu em 30 de março com os técnicos do IPHAN e ter uma ideia do engajamento nacional em torno de toda essa construção.
Em meio a tudo isso, inúmeras ideias têm surgido. Uma delas são os mapeamentos nacional e estaduais, uma espécie de “Senso do Hip Hop”, para saber quem somos, quantos somos e onde estamos.
Eu, representando o Bocada Forte como coletivo, tenho participado e contribuído com a experiência que temos na área de Comunicação do Hip Hop. Somos uma mídia especializada, não somos um site de Rap, somos um site de Hip Hop, do Hip Hop, pro Hip Hop e pelo Hip Hop. O BF é assim desde 1999. Em outros momentos, vivenciamos e participamos de construções nacionais, mas nenhuma outra iniciativa se compara ao que está acontecendo agora.
Nas divisões dos grupos de trabalho estão sendo respeitadas por exemplo: a autonomia de cada estado e a paridade de gênero, também incluindo pessoas que se identificam como LGBTQIAP+. Há ainda uma menor representatividade dos povos originários, mas estamos falando de uma construção. Sabemos que ainda dá tempo para suas participações.
O Hip Hop é exemplo de coletividade e traz entre os seus princípios outros 4 elementos – Paz, Amor, União e Diversão.
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Segue a lista dos grupos de trabalho (GTs) de cada Estado. Ao entrar nos grupos se apresente, peça maiores informações sobre o andamento e respeite as regras de cada GT.
GT Nacional | Rio Grande do Sul | Santa Catarina | Paraná | São Paulo (Capital e região metropolitana) | São Paulo (Interior) | Minas Gerais | Rio de Janeiro | Espirito Santo | Goiás | Brasília/DF | Mato Grosso | Mato Grosso do Sul | Pará | Acre | Rondônia | Amazonas | Roraima | Amapá | Tocantis | Ceará | Bahia | Sergipe | Alagoas |
Pernambuco | Piauí | Paraíba | Rio Grande do Norte | Maranhão
DESCRIÇÃO DO GT NACIONAL
Foco na construção nacional do Cinquentenário mundial da Cultura Hip Hop: Base 11/08/1973 DJ Kool Herc e Cindy Campbell, 12 Novembro com Afrika Bambaataa e a fundação do Movimento Hip Hop internacional a Zulu Nation, indo até 10 Dezembro dia internacional dos Direitos Humanos.
- Coalizão para organização e articulação do Cinquentenário mundial da Cultura Hip Hop no Brasil e construção de ações afirmativas para o Hip Hop, em apoio aos Estados e municípios, com equilíbrio elementar do Hip Hop, gênero, raça e territórios.
- Vamos deixar este grupo neste momento somente para organizar as ações dos 50 anos sem outros tipos de divulgação para manter o foco.
