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Projeto social A Banca nasce da história de vida de um DJ focado em não perder sua conexão com o hip hop

Por: Léu Brito
Jornal DICAMPANA em parceria com Bocada Forte

Leia a entrevista que DJ Bola, integrante do projeto A BANCA, concedeu ao BF.

DiCampana (DC): Você preferiu ser DJ ao invés de MC, Grafiteiro ou B-Boy, porquê?
Dj Bola: Antes de ser DJ, eu era MC, conheci o hip hop na década de 90. Eu tinha um grupo de rap e conhecia uns manos do Break e os outros que faziam um som. Esses manos eram conhecidos aqui como os “Som de Drão”, eles realizavam as festas de rua. Dessa equipe, tinha um mano que era meu vizinho. Ele me apresentou os tocas disco pela primeira vez, nesse momento, fiquei emocionado as pernas tremeram, a mão suou e os olhos brilharam. E foi ai que me identifiquei de fato com o elemento DJ. Mas antes eu era MC. Por exemplo, na Casa de Cultura de Santo Amaro, quem organizava lá era a Regina que me convidou para cantar solo pela primeira vez, cantei no Asa Branca também.

DC: Por que você quis fortalecer a A Banca ou invés de investir na sua carreira como DJ?
DJ Bola:
As duas coisas andam lado a lado, eu já toquei pra vários grupo de rap, paralelo a isso já tocava nas festa de rua. Não tinha algo que separasse. O DJ Bola era o mesmo que tinha a referência por discotecar e se manter junto com outros manos o projeto A Banca. Nunca parei com um ou outro, continua na produção de eventos de pequeno, médio e grande porte e ensaios abertos. Participei de várias edições do hip hop DJ. Mas é isso, o lance do DJ que me fascina e apaixona é pela performance e técnica de riscar os tocas discos. E A Banca tem esse cunho mais empreendedor, que começou a virar em 2008, depois de vários cursos.

DC: Em relação ao hip-hop, você acha que hoje o movimento salva vidas? DJ Bola: Eu acho que sim, porque tá nas quebradas. Você identifica que o movimento realmente se movimenta, não está parado, estagnado. Se dermos um rolê, vamos ver muitos muros grafitados, uma galera dançando break. Independente de outros estilos musicais, a concorrência ainda é a mesma da década de 90. Mas na época tinha muito menos acesso de lazer, cultura, entretenimento a empreendedorismo dentro da cultura como temos hoje. DC: Esse acesso da introdução da A Banca em escolas particulares se deu porquê? DJ Bola: A fita é o seguinte, antes de eu me envolver nesse projeto de formar A Banca, eu tinha um preconceito forte com a galera do outro lado da ponte. Muito pelo que eu vivia e assitia na grande mídia e este quadro da desigualdade foi gerando uma revolta dentro e mim. Mas depois de um tempo se unindo as redes Intituto Sou da Paz, Organização Artemisia, Instituto Quintessa e Instituto Papel Solidário entre outros, empoderou A Banca a levar seu trabalho até jovens de escolas particulares. Esse trabalho causou vários choques e reflexões de uma cidade muito além dos muros da escola deles e das casas deles.

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