Sobre a relação entre o som da ilha mais criativa do planeta e seus projetos, o MC comenta: “um pouco antes, quando fiz minha mixtape “No Fundo do Baú”, se deu o início do meu auto–conhecimento,sempre gostei de ouvir reggae, mas, nesse momento, já tava mais ligado com a cena das sound systems e tal. Continuei com os freestyles, fazendo batalhas, mas sempre buscando uma evolução nas letras escritas, porque sempre gostei de poesia. De dois anos pra cá, trabalhamos pesado no “Dá-me licença”, em novembro de 2009, conseguimos botar a parada na rua”.
Rapper nascido e criado em Taubaté diz que despertou sua atenção para os ritmos regionais para tornar seu Rap único. “É Jamaica, é África, é Brasil. É tudo que me influenciou aqui na matéria e o que influenciou no espírito desde os tempos ancestrais.” A música de Ralph é inspirada na religião e na sensibilidade. “Acredito no amor, no amor de um Deus que é todos e ao mesmo tempo é um só, isso está refletido na música. Cada letra surge de um jeito, algumas surgem com mais calma, com mais razão, outras caem tipo chuva e fluem na minha mente”, afirma o MC
Os beats de “Dá-me Licença” foram feitos por produtores de vários lugares do país, com masterização de Buguinha Dub (olha ele aí de novo). Satisfeito com o resultado, Ralph revela suas fórmulas, “quem trabalhou no CD é uma rapaziada que eu respeito muito, só tenho que agradecer pelas colaborações. Juntamos uns beats pesados com o trampo de alguns músicos, quando eu chegava no estúdio Casa 1, já estava com as idéias bem definidas, o plano foi bem bolado. O Buguinha fez a masterização analógica, um processo essencial para o disco, passar os sons pro deck de rolo e alcançar uma sonoridade mais rústica, apesar dos beats eletrônicos”. O ótimo resultado pode ser conferido nas 18 faixas de “Dá-me Licença”, canções simples, batidas dançantes e muita espiritualidade.
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