Acervo BF | Carlos Marighella – O Inimigo Número 1 da Ditadura 

Última atualização com imagens e vídeos em 20 de agosto de 2019

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Capa do Livro

Carlos Marighella (05/12/1911 à 04/11/1969) – Poeta, guerrilheiro, revolucionário, líder da ALN (Ação Libertadora Nacional). Denominado pelos próprios militares como inimigo número 1 da ditadura. Foi deputado federal pelo PCB (Partido Comunista do Brasil) da Bahia entre 1946 e 1948. Foi na câmara dos deputados que começou sua guerrilha, sendo consagrado como um dos mais férteis, ágeis e inventivos deputados, em 2 anos de mandato fez 195 discursos.

Em 1946 por orientação de Eurico Gaspar Dutra, então presidente, alguns deputados propuseram no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a cassação do registro do PCB. E em 1947 o PCB voltava a viver na clandestinidade, menos de 2 anos depois de recuperar a legalidade. Em 08/01/1948, 12 deputados e um senador (Luís Carlos Prestes), todos comunistas, tiveram seus mandatos cassados.

Marighella foi preso diversas vezes, em uma delas ficou preso de 1939 à 1945, antes disso havia sido preso em 1936. Em 1964 reagiu a uma voz de prisão dentro de um cinema no Rio de janeiro, foi baleado e mesmo assim lutou com os guardas e só parou quando desmaiou com uma coronhada na cabeça, depois disso prometeu para si mesmo que nunca mais seria preso, preferia a morte. Nas prisões mesmo sendo muito torturado jamais entregou alguém ou alguma ação revolucionária.

Assista ao vídeo da música “Mil Faces de um homem leal” do Racionais
atualização feita em 20 de agosto de 2019

Essa é a foto mais conhecida de Carlos Marighella, foi tirada no Jornal do Brasil pelo fotógrafo Braz Bezerra em 31 de julho de 1964

Foi assassinado covardemente pela ditadura em 04/11/1969 na Alameda Casa Branca em São Paulo, numa ação comandada pelo Delegado Sérgio Paranhos Fleury, que levou 27 homens e 2 mulheres para pegar um homem só. Marighella levou 4 tiros, um nas nádegas, outro na região pélvica, o terceiro de raspão no queixo e o tiro fatal foi dado a queima roupa, quando o policial se aproximou Marighella colocou a mão no cano da arma e teve o dedo estraçalhado pela bala que fraturou a costela, perfurou a aorta e o pulmão e o matou na hora. Dizem que o Delegado Fleury, que em 1971 teria confessado ter dado um dos tiros, foi quem deu o último tiro.

Marighella, referência e uma das lideranças populares mais importantes do nosso país é e continua sendo parte da nossa história, que tentam esconder de nós. Ele foi um entre muitos, mas se destacou por ser um líder, assim como Zumbi. Precisamos conhecer o nosso passado, não foi só Zumbi dos Palmares que lutou pela liberdade, não podemos esperar 300 anos para que Marighella e outros sejam lembrados. Um abraço, PAZ!!!

Procure o livro:
Carlos Marighella o Inimigo Número 1 da Ditadura
Autor: Emiliano José.
Editora: casa amarela.

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atualização feita em 20 de agosto de 2019
Assista ao teaser oficial do filme, que será lançado em 20 de novembro de 2019



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